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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008















Penso que a gente nasce sentindo falta, do aconchego do útero, do abrigo materno.
De repente a gente cresce e continua sentindo falta... Um vazio que nos acompanha a cada dia...
Criança, a gente sente falta do amigo imaginário quando ele se vai, das brincadeiras de rua quando elas terminam, das guloseimas...
Adolescentes, sentimos falta de tudo, do amigo, do namorado (a), das festas, dos sorrisos descompromissados, do fazer nada...até das provas e a bagunça na escola...
Adultos sentimos mais falta ainda, fora todas as faltas que a vida nos impõe.
Do útero
Do amigo imaginário
Da brincadeiras
Das guloseimas
Da adolescência inteira
Dos amigos que passaram por nossas vidas e não voltam mais
Dos amores que partiram para sempre
De Pessoas inesquecíveis que se foram
De companheiros que nunca deveriam
ter partido
Do abraço abrigo
Do beijo dado
Dos sorrisos
Da alegria
Do amigo distante
Dos bons momentos
amor embriagado..
E até da efêmera felicidade
E a menina adulta descobre que cada momento e dia partilhado com alguém será um eterno sentir falta, decifrada em uma única palavra: Saudade.

"Tô aprendendo a viver sem você...
To aprendendo e não quero aprender"
Detounautas.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Desatinos


Desatinos

turbilhão de pensamentos

passam voando sobre minha cabeça

vontades perdidas, sentidas.

fino dia, chuva grossa..

rua seca e vazia, alma molhada

dores por todos os lados

minha pena parada há tempo

volta agora depois de tempestades tenebrosa e sombrias..

deixou marcas profundas..crateras no coração

o que resta da minha oceânica melancolia..

ouvindo Hayley Westenra cantar

santa lucia..lembranças boas

tristes ou não..

lágrimas ao vento, vendaval, ventania

invadida por ausências supensas no ar

sem saber se qualquer dia

liberdade cósmica, espaço sideral

vagar devagar navegar..divagar..

viajar sem medo do mal

meia noite, chuva fina.

Silêncio noturno.

Soturno...

Boa Noite!

Milka Fonseca