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terça-feira, 29 de junho de 2010

Considerações sobre Compaixão e Pena..:)

Pena
pe.na. 4 Aflição, cuidado, sofrimento. 5 Contrariedade, desgosto, tristeza. 6 Desgraça, lástima. 7 Compaixão, dó, piedade. P. capital: pena de morte.


Compaixão

s.f. Sentimento de pesar que nos causam os males alheios; comiseração, piedade, dó.

Como vocês podem perceber ou aos leitores que acompanham a minha escrita tenho gostado de semântica, para quem não sabe, o significado exato das palavras isso para tentar fazer uma análise correta do discurso. Análise do discurso é uma disciplina da faculdade. Bem o que vem a ser isso cara pálida? Todos desde cedo aprendemos a nos comunicar de todas as formas por meio da lágrima, do sorriso, do olhar, do texto e principalmente do falar e até mesmo no silêncio há muita comunicação todos sabemos disso, está implícito no nosso ser.
Bem, dito isto, posso lhes dizer que em cada meio de comunicação há um discurso, e o que vem a ser discurso? É a idéia que queremos passar para o outro, é a mensagem que trazemos conosco o tempo todo e que desejamos que o outro a receba. Claro, se fosse fazer ou dizer mesmo o que vem a ser análise do discurso, claro que em palavras acadêmicas, seria muito mais complexo e é. Mas, para o objetivo deste texto está de bom tamanho, é que como sabem, gosto de me fazer entender. Bem para que isso tudo cara pálida? Tenho ficado em estado permanente de meditação e observação, até porque para escrever, é muito necessário que o escrevente faça isso o tempo todo “full time”, observar, ouvir, ler muito e tentar absorver o que vem do exterior para o seu interior, ou seja, o que vem de fora pra dentro dele..Bem, sem mais delongas, vamos ao que interessa, ao menos a mim, passar essa mensagem.

Eu gosto muito de escrever sobre o que incomoda, sejam sentimentos, atos alheios, algo que vejo ou que sinto e tenho feito isso constantemente (Graças Deus, minha pena voltou a funcionar) , isso muito me agrada, porque é uma forma de jogar fora sentimentos que não fazem bem ou uma forma de fazer entender me um pouco melhor ou não, como queiram.
As palavras que vieram à tona dessa vez, como lêem acima são Pena e Compaixão, isso porque deixo bem claro para quem quiser saber, que eu não tenho pena de ninguém, tenho repetido isso e algumas pessoas tem me criticado, acato críticas sim e até gosto delas, só não gosto que sejam injustas. Por isso, no início desse texto, eu explico a meia boca, o que vem a ser análise do discurso, porque devido a essa minha frase “Eu não tenho pena de ninguém” eu fiquei me questionando, qual o meu discurso, qual o seu discurso, qual a mensagem que desejamos passar para o mundo? Bom, eu sinceramente vejo muita diferença entre “ter pena” e “sentir compaixão”, posso sentir pena de você e não fazer nada, no entanto, posso sentir compaixão e me solidarizar com sua dor, ajudar, seja de que forma for, mas sentir pena? Nunca vou sentir, não fui eu que te colocou nessa situação, ou foi a vida ou foi você mesmo, porque vou sentir pena? Eu ouvi essa semana uma frase e gostei muito “quem sentir pena que se junte aos miseráveis” e não vou me juntar não, se posso, ajudo, se não posso, faço ao menos uma oração, mas gostaria muito que entendessem; a ninguém cabe a culpa (outra palavra para um próximo post, a que mais abomino “culpa”) ninguém pode ser responsabilizado por estares na situação em se está, porque como diz o poeta “ninguém está quando quer” quase sempre isso acontece, o discurso que mais ouvimos é “aah se eu pudesse, aah se eu tivesse” , e porque não dizer isso “o que posso fazer para sair disso? Porque a pessoas não se questionam: como devo agir nessa situação? Mas é humanamente compreensível ser mais fácil pensar que quem nos colocou na situação foi o outro e não nós mesmos e o discurso mais fácil é que eu sou a vítima do mundo, que ninguém me entende, que passo por coisas que ninguém passa, que sou um pobre coitado, que ninguém gosta de mim e por ai vai, o que gosta que sintam pena dele. Para mim isso é um grande embuste, o meio mais fácil que se encontra para ser visto, ser ajudado, talvez até no início isso funcione, mas com o passar do tempo, cansa todos que estão em volta do coitadinho, do pobrezinho que sofre tanto. Ninguém gosta de viver ou conviver com alguém que reclama tanto, nenhuma relação se firma assim.
Aah vamos combinar não é? Que ninguém faz dívidas para você, você sabe do seu orçamento, todos sabemos qual nossa capacidade de ir além, qual o tamanho da sua perna, qual passo pode dar, então por que o outro tem que saber ou ter culpa do que você próprio faz ? Sim, claro que há situações em que passamos sem ter noção de como paramos ali, de que aparentemente foi as circunstâncias ou até outra pessoa que a trouxe para você, mas nem assim acredito em inocência, no filme “Desmundo” há uma frase que gosto muito e que usei por muito tempo “Ninguém é inocente, nem tu” eu acrescento, nem eu, por que sempre desejamos algo do outro, seja um olhar, seja um sorriso, uma compreensão, seja a leitura deste texto, queremos e pronto e é do ser humano, querer, mas alguns querem a alma, tudo que o outro tem e ainda apontam o dedo dizendo, “ta vendo? Tem pena de ninguém” tenho mesmo não, porque mesmo céu que me cobre é o mesmo que está encima de você , o mesmo chão que piso é o mesmo que Deus oferece a você, o sol que brilha para mim é o mesmo que brilha para você, a diferença é como agir, a diferença é você que faz com o seu discurso, se você quer passar a mensagem de “pobre coitado” ou de que estou aqui para o que der e vier, assumir seus atos e suas conseqüências só depende de você.
Sei que não estou certa, que meu discurso não é o melhor, nem nunca será, mas também não reclamo, acato com alegria ou tristeza, tudo que Deus me envia e costumo assumir todos meus atos falhos e sinto compaixão pela humanidade inteira, por que na maioria das vezes queremos ser dono da vida do outro, do amigo, do amor, da família, cobramos o tempo todo atenção, não queremos nem saber o que o outro pode nos oferecer, só sabemos que queremos e o egocentrismo é enorme a ponto de dizer “minha felicidade está em suas mãos”, esse sim é pobre de espírito, porque se felicidade existe, ela está em nossas mãos e nós que devemos batalhar por ela, por que amigo, se você colocar sua felicidade na mão do outro, pode ter certeza, ele não vai ter pena não, no mínimo vai te dar um pouco de alegria, porque interessa a ele, não a você. Pense nisso e mude seu discurso se sentir necessidade, o mundo é feito de mudanças, já dizia Camões, porque a vida é tão curta e temos tão pouco tempo aqui na terra, então porque perdê-la em lágrimas e lamentações, porque então não preencher seu discurso de agradecimento e alegria? Enfim, “Viva e deixe viver”, como diz o nick do meu querido irmão e tenha consciência que você é somente a conseqüência de você mesmo, não espere muito do outro, ele pode não corresponder, daí vem as decepções, lamentações, não culpe ninguém por estares onde está, pergunte-se sempre o que você está fazendo para melhorar a sua vida e as dos outro ao seu redor. E Obrigada por ler. É esse meu interesse sempre..viu? nem sou inocente, nem você...(^_^)
Milka Fonseca

domingo, 20 de junho de 2010

Considerações sobre orgulho


Considerações sobre orgulho

orgulho
s. m.
1. Manifestação do alto apreço ou conceito em que alguém se tem.
2. Soberba ridícula.
3. Brio.
orgulho
or.gu.lho
sm (cat urgoll, do germ) 1 Conceito muito elevado que alguém faz de si mesmo; altivez, brio. 2 Amor-próprio exagerado. 3 Empáfia, bazófia, soberba. 4 Ufania. 5 Aquilo de que alguém pode orgulhar-se: O bom filho é o orgulho de seus pais.

bri.o1
sm (célt brigos) 1 Sentimento da própria dignidade. 2 Ânimo esforçado. 3 Coragem, valentia. 4 Generosidade. 5 Galhardia, garbo.

soberba
so.ber.ba
(ê) sf (lat superbia) 1 Altura de coisa que está superior a outra; elevação, estado sobranceiro. 2 Manifestação ridícula e arrogante de um orgulho às vezes ilegítimo. 3 Altivez, arrogância, sobrançaria. 4 Orgulho, presunção. 5 Teol Um dos sete vícios capitais. Antôn (acepções 2, 3 e 4): humildade.

Ultimamente vivi muitas situações, tantos boas quanto péssimas. As boas ficam, as ruins passam, eu tenho acreditado muito que nesses últimos tempos o mundo vem passando por uma purificação e claro como fazemos parte dele, também estamos passando por isso, e como diz Nice, astróloga, ufóloga, psicóloga, amiga, irmã da família cósmica, purificar para chegar até a luz. Bem, mas entre tudo que passamos, uma palavra me chamou atenção essa semana: Orgulho, ela não me sai da cabeça, não preciso dizer o por quê, nem o motivo, mas quem vivenciou sabe do que estou a falar, aliás, todos saberão, serei bem explícita. Orgulho, orgulho... fui ao dicionário, como podem ver acima, gosto de coisas bem explicadas, no meu tempo de professora, nunca gostei de deixar dúvidas. Estive por vários dias pensando nisso, não me saia da cabeça, enfim, pensava, orgulho de ser? de ter? De quê? aaah sei lá..então fui ao pai dos inteligentes, claro que sei o que significa, mas queria entender o que se passara naquela noite, quando ouvi, “Não obrigada. Orgulho, eu tenho muito orgulho!” acompanhado de um sorriso a lá Monalisa...estranho e enigmático. Não, não me doeu, só senti uma profunda tristeza, porque vi a minha frente alguém que está em crescimento, que tem tanto a oferecer, que é linda e que nem o sofrimento fez ou faz ser humilde, humilde no sentido do antônimo do orgulho, não humildade de ser capacho, mas a humildade de ser gente que sabe perdoar, amar, compreender o outro.
Enfim, pensei muito esses últimos dias, em meio as turbulências pelas quais passávamos e olha que não eram fáceis, só nós sabemos, quando digo nós, digo família. Família no sentido de se ajudar, de nos socorrer como fizemos e como sempre fazemos quando precisamos um do outro, agradeço muito a Deus por ter os irmãos e filhos que tenho, por que sei que posso contar, assim como eles sabem que podem contar comigo sempre. Sim, temos até nossos entraves, nossas farpas, mas na hora do barco virar, todos estamos lá e o barco não vira, eu tenho orgulho da minha família!


Porém, voltando ao orgulho, que ainda me instiga, principalmente quando se diz que não vai fazer em um dia e no outro age completamente diferente, então penso aonde estava o orgulho monalisalítico e enigmático? Sei lá..vai entender gente, eu já desisti de entender as pessoas..algumas vezes compreendo, mas não entendo o motivo de tanta arrogância, de tanta empáfia. Eu sempre penso que Deus nos deu a vida somente para aprender e se não seguirmos o caminho da hulmidade, do perdão e como dizem nossos irmãos espíritas, “sem caridade não há salvação” e caridade no meu entender não é só doar um pão, uma roupa, é doar-se a si mesmo aos outros com compaixão (assunto para um próximo blog) e se não for assim, com certeza não haverá salvação e ninguém se salva para os outros, se salva para si mesmo, para o seu próprio bem viver, bem conviver. Lei do retorno, você recebe de volta tudo o que oferece! amém!
Só peço todos os dias a Deus que me dê a claridade na mente e no coração muita luz para tentar não me afetar por sentimentos negativos, tristes, nebulosos como esse orgulho soberbo, peço que eu não me ame mais ou me admire mais que qualquer outro ser humano a ponto de não aceitar desculpas ou as tristezas e turbulências que Deus nos manda como aprendizado, porque o mundo que busco e agora bem mais consciente que antes, o mundo que desejo tem harmonia, luz, amor, fraternidade, natureza, caridade, claridade, compaixão e paz..tem até orgulho, mas o orgulho de pode ajudar, o orgulho de poder estar em dia com todos, o orgulho de ter família, filhos e amigos lindos, o orgulho de viver em paz e cuidar da natureza, até a humana...sem soberba!

Milka Fonseca